Como é que a gente sabe?
"Ele gosta dela. Não tem mais como fugir.
É, dá medo.
Ela deve estar com medo também.
Gostar é começar o inferno tudo de novo.
Mas ela, quem diria, escreve lá no texto que topa.
Topa começar tudo de novo."
[Tati Bernardi]
Como é que a gente sabe?!
Eu acho que deveria ter alguma fórmula para os relacionamentos. Algo do tipo: Eu, legal e inteligente e ainda gosto de futebol (tudo bem se eu não torcer pro seu time, porque isso vai ser só um detalhe) + Você, legal, inteligente, engraçado e ainda mais alto que eu (isso é fundamental) = Casal de namoradinhos recém-saídos do forno (óóuunn ‘isso é tããão romântico’, como diria nossa rexonxudinha Laura do Carrossel)
Mas não é bem assim que funciona! Primeiro a gente se desilude com os homens. Sai por ai louca e desvairada a procura do amor da nossa vida em qualquer esquina ou bar, se apaixona por indivíduos totalmente deprimentes (mas isso você só reconhece quando já se desapaixonou), confunde amizade com algo mais e fica aquele lance chato, beija por beijar, fica por ficar ou conhece por conhecer. Divulga tannnnnto o seu telefone que nem é necessário que exista uma lista telefônica de celulares para encontrarem seu número, mas apesar de tudo isso.. você continua com aquele vazio!
Tudo bem, de repente a gente passa a ter certeza que o cara certo uma hora dessas vai ‘pintar’ por ai e aquele big máster vazio vai ficando menor. Ok ok , o príncipe encantado também não virá num cavalo branco, ia ser muito difícil querer que isso acontecesse de verdade neh? Mas fica esperando e algo te diz que ele está chegando (tudo bem vai, ele deve estar vindo de mula ou montado numa tartaruga).
Bom, depois de vagar por ai curtindo sua ‘pacata’ vida de solteira, você conhece um cara, trocam uns beijinhos e você juraaaaaaa por tudo que só vai ser uma vez, afinal você gostou dele, e seeemppre que você gosta de alguém esse alguém some ou não te corresponde. E txxaraaannn para sua surpresa isso não acontece! Perae... PARAAAA tudo e volta! Como assim ele não sumiu?! Rolou química, você achou ele uma graça, bonito, legal, divertido, carinhoso, beija bem e você até queria uma segunda vez, mas nem pensa na hipótese porque quando VOCÊ quer... ELEs nunca querem. E eis que ele te liga, manda mensagem, chama pra uma segunda saída, terceira, quarta e assim vai. Quando se dá conta você estão se falando nos dias e horários mais improváveis para simples ‘ficantes’.
Ele começa a te mandar mensagem de ‘bom dia’, ‘to com saudade’, ‘falta muito pra gente se ver?’ Saem na sexta a noite pra jantar, você o apresenta para suas amigas, começa a incluí-los nos seus programas cotidianos.. e ele? Bom, ele também! E quando se dá conta, aquele único dia passar a ser dois, e ai vocês já começam a ser ver outros dias também e as ligações de ‘boa noite’ a muito deixaram de ser novidade.
Só que ai fica a dúvida: “Isso é namoro?”, “Meu Deus, já eram os meus finais de semana com amigos e amigas?”, “Será que eu to pronta?” , “Mas e se a gente não estiver?” , “Hummm eu acho que a gente tá!”
Mas e ai? Como é que a gente sabe? Como é que a gente sabe se ele tá mesmo afim? Se ele ta na mesma sintonia? Se quer o mesmo que a gente? Como é que a gente sabe se ele tem mesmo saudade, se quer algo mais sério ou apenas ‘uma sobremesa’?
Essa dúvida maltrata, castiga. Mas não faz só isso! Ela faz existir o prazer da conquista, o prazer em fazer alguém gostar de verdade de você. Te dá borboletas no estômago, te faz sorrir, chorar, ter surtos de TPM. Te faz imaginar, se precaver, prevenir, se preparar! Te faz ver estrelas e sorrir quando o celular toca. Te faz ficar com cara de boba, apaixonada e ao mesmo tempo brava e ‘durona’, que é pra não demonstrar tanta fragilidade.
E como é que a gente sabe com essa história termina? Bem a gente não sabe! É a espera que vai fazer valer todo o amor que ainda há pra se dar!
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